Fatima Vélez e Powerpaola
Antonio Sobral
Lucas Cureau
Pedro Jamal Campanha
coleção 2016
sobre pornô e lesmas
Fatima Vélez / desenhos de Powerpaola
sobre pornô e lesmas é um livro que aborda a busca pelo outro, à partir de fábulas sobre a sexualidade dos animais (incluindo a dos seres humanos) do ponto de vista da poesia e do desenho. É um livro que nos descobre na linguagem, no pensamento, em nossos códigos genéticos e em nossos afetos.
Texto de Fátima Vélez, desenhos de Powerpaola. Edição bilingüe portugues-espanhol com tradução de Lucas Cureau.
1a edição / Risografia 3 cores (we.make.it, Berlim) / 50 exemplares
lobo do homem
Antonio Sobral
Lobo do homem é uma justaposição de desenhos, poemas e fotografias, livro-colagem que trata da existencia, acossada entre as limitações da construção social e os arroubos do sentimento. Nele o artista apropria-se do processo de fetichização ligado ao consumo, do desejo absoluto da imagem. Ilustra-se o aspecto ilimitado da vontade humana em signos finitos (imagem). O que comunica nestas imagens também confunde: cria-se um labirinto onde o visível quer ser sublime mas é interrompido (enquadramento, gesto). Lobo do homem aparece então como uma anti-antropologia dos sinais.
1a edição / Risografia 3 cores (Meli Melo, SP) / 150 exemplares
cidades perdidas
Lucas Cureau
cidades pedidas é um livro de escrita minuciosa onde o poeta faz uma arqueologia de seus amores, deslocamentos, frustrações e revelações. Entre os poemas, fotografias das cidades que lhe serviram de casa e cenário, registros de andança em lugares ermos. Esta arqueologia de si estende-se à escrita, marcada pela reflexividade dos poemas de Lucas e por um questionamento constante sobre o ofício e a figura do poeta entre os escombros e as revelações de um passado sempre porvir.
“Cuidado. É muito provável que você se perca no livro, como é comum se perder nas paixões ou nas cidades que nunca fomos. Cuidado. Cuidado que esse livro é poderoso como são poderosas as escadas de Escher que descem levando ao andar de cima - como são poderosos os farsantes que criam cidades-fantasma, cheias de “caos e glória”, para em seguida desabá-las, e “depois, nada”. Nada. Enquanto isso, o “estrondo bate aos tímpanos”. É preciso escutá-lo. “E que venha a nós o gozo”. Confia.”
-Gregorio Duvivier, trecho do prefácio de cidades perdidas
1a edição / Risografia PB (Meli Melo, SP) / 150 exemplares
Querido diário, arremesse-me fora daqui
Pedro Jamal Campanha
É possível definir seu lugar no mundo? É possível habitá-lo? e se formos desalojados, o que aconteceria? Se alguém fosse expulso da sua morada interna, onde estaria então esta pessoa?
Querido diário, arremesse-me fora daqui, de Pedro Jamal Campanha, é um livro que busca esta perspectiva externa numa série de procedimentos, cujos resultados são apresentados em justaposição. Em seus diagramas e poemas o artista exterioriza a sua concepção do mundo, ao passo em que deixa explícito o processo de tentativa e erro envolvido na elaboração desta. Seus desenhos e fotografias representam objetos do cotidiano (cadeiras..), objetos encontrados (peixes mortos, cordas..) e retratos de pessoas próximas: sinais, presságios, revelações, trombadas. Diria-se que os objetos representados no livro assumem vida própria, desafiando a própria tentativa de unificação embutida no desejo de entendimento sistêmico a que se propõe o artista. Cortes, veladuras e outros gestos visíveis, resquícios da elaboração destas imagens, lembram-nos da fragilidade da empreitada que é um remendo senão reconstrução da realidade - pelos seus signos.
1a edição / Indigo digital (P+E, SP) / 100 exemplares